Allan Folsom - Depois de Amanhã

O escritor Allan Folsom lembra-se claramente do telefonema que mudou sua vida. Era um domingo de 1993, quando o telefone de sua casa em Los Angeles tocou. Na linha, Aaron Priest, agente literário de Nova Iorque, com quem Folsom havia se encontrado uma única vez para entregar a sinopse de seu primeiro romance. -"Eu tenho duas perguntas a lhe fazer", disse Priest. Primeiramente, qual a sua idade?" -"Eu tenho 51", respondeu o escritor. -"Em segundo lugar: o senhor atualmente goza de boa saúde?", perguntou Priest. -"Sim, eu faço cooper todos os dias. Mas por quê?, indagou Folsom, intrigado. -"Bem eu acabo de vender seu livro por US$ 2 milhões", respondeu o agente. Desta forma, o escritor recebia uma das maiores quantias pagas a um autor por seu primeiro romance. A partir desde instante, trabalhou incessantemente para entregar 

Depois de amanhã</I> na data prevista. O resultado foi um thriller que, após uma semana de sua publicação nos Estados Unidos, já constava na lista dos mais vendidos do New York Times . Aos 45 anos de idade, deprimido pelo processo de autodepreciação decorrente de consecutivos insucessos profissionais, Folsom manifestou um câncer na bexiga, o que o forçou a uma revisão de sua vida. Após o tratamento, para recuperar-se psicologicamente da doença, viajou com a mulher Karen a Paris.