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Anjos do Universo é um romance dividido em duas partes. Na primeira, vemos o jovem Páll lidando com problemas de identidade no mundo comum. Alguém que observasse suas brincadeiras com os dois pares de irmãos que moravam perto dele, Daníel e Skuli, Jói e Siggi, dificilmente notariam algo de errado nele; ele não era mais desregrado ou hostil que seus amigos, e seus sonhos não eram mais violentos ou fantásticos que os deles. No entanto, ele sempre teve muita dificuldade em se envolver; ele esconde suas emoções, mas se deixa levar por surtos de bebedeira e explosões de temperamento agressivo. A segunda metade do romance trata dos muitos anos que Páll passou dentro do Kleppur. Apesar da sua extravagância muitas vezes assustadora, as pessoas a quem ele faz companhia no hospício rememoram as obsessões e agressões daqueles que povoavam sua vida externa na cidade, lembrando-nos da selvageria dos sonhos daqueles nunca estiveram ou poderiam estar num manicômio. Viktor, por exemplo, vive vicariamente como Shakespeare ou Hitler; Óli imagina ter escrito as músicas dos Beatles; Pétur, cujo fim é o mais terrível de todos, tem a posse de toda a China maoísta na sua imaginação.Gudmundsson se baseou na vida do irmão, Pálmi Örn (1949-1991), a quem o romance é dedicado, para fazer seu impressionante retrato de Páll, com seu acúmulo de detalhes ao registrar tanto eventos reais como desvarios da fantasia. Um escritor menor teria usado o paralelo entre a entrada da Islândia na Otan para martelar questões locais sobre a cultura islandesa e o distúrbio mental. No caso, porém, Einar Már permite que a obra esclarece, mas não explique. O que o romance nos faz questionar é: como, em meio a tanta agonia mental humana na vida diária, podemos chegar a um retrato aceitável da sociedade ou mesmo da existência em si?
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