"Salazar e o Rei (que não foi)" é a história secreta da relação de amor/ódio que existiu entre os monárquicos portugueses e o Estado Novo. É por isso uma obra cheia de surpresas e revelações. Quando um dia se escrever a crónica melancólica da monarquia e dos monárquicos portugueses do século XX e, mais do que isso, quando for possível descrever com verdade o que o próprio salazarismo representou, este livro de Fernando Amaro Monteiro virá decerto a constituir uma fonte fundamental para ambas as empresas. Não houve episódio significativo de que o autor não desse notícia, documento que não investigasse, intriga ou mistério que não procurasse esclarecer. E os leitores conhecerão, ao lê-lo, toda a panóplia dos sentimentos possíveis: admirar-se-ão algumas vezes, indignar-se-ão outras, acontecer-lhes-á mesmo rir ou comover-se. A imagem de Salazar, olhada do ponto de vista da monarquia, é na verdade muito curiosa e, sob vários aspectos, devastadora. É certo que não encerra os lugares comuns do ditador facínora, culpado de todos os males passados, presentes e futuros do país, mas deixa, em pequenas pinceladas, o retrato de um homem seco, que acreditava em poucas coisas e em ainda menos pessoas, e que se dispunha a enganar uns e outros para ganhar o direito de permanecer. Com a sua extraordinária capacidade de dar a ver algumas cenas que ficam como verdadeiros momentos simbólicos, com a sua determinação de deixar «falar» os documentos, este novo livro de Fernando Amaro Monteiro não é apenas mais um trabalho sobre uma época reconhecidamente controversa - é uma obra que permite olhar esse período a uma luz completamente nova, é em suma um livro que fará data.
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