O assassínio de um homem público, dirigente do PSD, cujo corpo é encontrado abandonado junto a uma praia da ilha de São Miguel, Açores, é um dos pretextos para um detective da polícia iniciar um moroso trabalho de investigação sobre o crime e, fundamentalmente, sobre a geografia sentimental das ilhas.O que poderia ser apenas um romance policial transforma-se, numa novela fascinada pela magia insular, por aquilo que é designado como um dos últimos lugares do mundo, as ilhas açorianas, atravessada pela biografia obscura, controversa e fascinante do político assassinado, pelas razões e contradições da questão independentista e da autonomia insulares.Crime em Ponta Delgada, constitui o itinerário de um deslumbramento e de um abandono, tentando provar, ao longo das suas páginas, que são as coisas que não existem que, de uma forma ou de outra, melhor garantem a nossa sobrevivência. Ou seja, que é necessário criai ilusões para não morrermos
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