Em Mortal e Rosa, uma surpreendente e terna elegia à infância, Francisco Umbral evoca a morte de seu filho. Desde a inóspita revelação da perda, o escritor constrói um longo monólogo em que a morte do filho converte o seu pesadelo humano numa força catártica e libertadora. Umbral procura o reencontro na evocação e cada sensação narrada é um superar da existência inerte, cada objecto uma desculpa para a reflexão: “…cadeiras de verga infantil, espreguiçadeiras graves, cavalos de crina celeste perguntam por ti…”. Com “…esta corporalidade mortal e rosa onde o amor inventa o seu infinito” – verso de Pedro Salinas que preludia este texto – o escritor aborda uma cantata de beleza e originalidade máxima, que transborda todos os rancores, porque, como assinala numa frase que bem poderia glosar a obra: “O filho é um relâmpago de futuro que nos deslumbra por um instante. Por ele, pelo meu filho, vi mais além, mais fundo e mais longe, e talvez, aí, isso me baste”.
This product has run out of stock. You may send us an inquiry about it.
This product is currently unavailable. You may send us an inquiry about it.