«Identificando República com democracia, Teófilo faz entroncar na origem das ideias republicanas em Portugal todos os factos, pessoas ou teorias que de algum modo contribuíram para o enfraquecimento do poder real. É assim que, no campo externo, vai buscar todas as revo-luções que na Europa, sobretudo em França, levaram à implantação da República e, no campo interno, realça o papel das revoluções liberais de 1820 e 1836. Assinala também a influência do positivismo de Augusto Comte (...). Desenvolvendo-se sobretudo a seguir ao aniquila-mento da Comuna de Paris, o positivismo pregava a ordem e o progresso, a conciliação das classes, esta-belecendo uma hierarquia de dependência necessária entre elas e condenava os métodos revolucionários do jacobinismo. (...) Os republicanos portugueses centraram a sua acção na questão política, evitando aprofundar a questão económica. Lutavam essencialmente pelo derrube da monarquia, a quem atribuíam todos os malefícios, pela separação da Igreja e do Estado (...) e pelo estabelecimento de uma democracia formal, assente no sufrágio universal, na livre expressão do pensamento e na descentralização administrativa.» — in prefácio de Manuel Roque de Azevedo.
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