Bertrand Russell, que escreveu uma das melhores Obras críticas sobre a filosofia de Leibniz, era da opinião que Leibniz produzira duas filosofias. A primeira era uma filosofia simples para consumo público: uma metafísica optimista e superficial para deliciar princesas. A segunda, um conjunto de ideias menos optimistas que foram remetidas para uma arca. Faziam parte de um sistema mais complexo, lógico e profundo que só podia ser compreendido, com dificuldade, por mentes do calibre do próprio Leibniz (e Russell, evidentemente).
Ambas as filosofias ficaram inacabadas - se é que são, de facto, duas filosofias separadas. A maior parte dos outros comentadores, não possuindo mentes equiparadas às de Leibniz e Russell, afirmam que a filosofia simples e a complexa são, na realidade, partes integrantes da mesma coisa - que não é nem tão simples nem tão complexa como as suas duas partes.
Aliás, pode-se dizer que Leibniz foi o primeiro dos grandes filósofos alemães a produzir um sistema filosófico abrangente. Chegou à notável conclusão que o espaço e o tempo não existem, e só Deus pode ver as coisas como elas são realmente, de um ponto de vista sem perspectiva. No entanto, as infinitas substâncias que compõem o mundo não são materiais, são metafísicas, logo não são sujeitas às leis de causa e efeito. A sua interacção aparente é o resultado de uma harmonia preestabelecida que faz parte da criação de Deus.
This product has run out of stock. You may send us an inquiry about it.
This product is currently unavailable. You may send us an inquiry about it.