Edmund Cooper - As Exterminadoras

Em pleno século XXV, quando os homens se reproduzem quer por partenogénese quer por processos assexuados, encontramos a exterminadora Rura Alexandra. A sua tarefa é ajudar na exterminação dos poucos milhares de homens que restam. Mas atormentam-na a incerteza e a lembrança do sangue já derramado.Diarmid MacDiarmid é um dos últimos chefes rebeldes sobreviventes. Em serviço de patrulha, Rura e duas outras exterminadoras caem numa armadilha. As suas companheiras são mortas; Rura, violada pelos homens de Diarmid, é depois levada à sua presença. Um e outro cairão num mútuo fascínio que lhes será fatal.Antecipando-se às extremistas do Women´s Lib, o autor apresenta-nos um mundo onde dominam as mulheres e os homens são meros joguetes e aparentemente nem sequer são precisos?.Aqui está a grande questão deste livro. O sexo é só para reprodução? Não há mais facetas no amor que não a continuação da espécie? Amor, sexo, reprodução, vai tudo dar ao mesmo, ou são apenas diferentes formas do mesmo ou cambiantes distintos.As leitoras vão achar este livro um must. Nós, os homens, deixamos de ser precisos, e como tal, seremos todos exterminados. uma espécie que é constituída por dois sexos, passa apenas a ter um. Abaixo os homens, não são mais precisos.Os leitores terão uma surpresa. Há mais na relação entre um homem e uma mulher do que apenas o sexo. Há o que os poetas chamam de amor e que é uma palavra cheia de significados que o livro tenta explicar.Trágico, com um final triste, Cooper contudo consegue dar uma visão única da relação entre um homem e uma mulher, de todas as facetas que ela consegue ter para atingir a plenitude e consegui produzir um romance verdadeiramente inesquecível. Desenganem-se aqueles que julgam que este é um livro tipo Romance da Maria, é muito, muito mais?

LIVRO DE BOLSO