João Miguel Fernandes Jorge - Jardim das amoreiras

7,00€
João Miguel Fernandes Jorge - Jardim das amoreiras

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Depois de "Museu das Janelas Verdes", João Miguel Fernandes Jorge publica "Jardim das Amoreiras", que tem por subtítulo "Vinte e Cinco Poemas para Vinte e Cinco Estudos Anatómicos de Vieira da Silva". É uma relação forte e de longa data, a dos seus textos com a pintura (não só na poesia, como nos vários livros que JMFJ publicou com textos sobre arte). Em "Jardim das Amoreiras", Fernandes Jorge parte dos desenhos de Vieira da Silva (reproduzidos no livro em fac-símile) e procura/imagina vestígios, cria enredos, vozes (ora "dando a palavra à artista", "ao modelo", etc.), personagens, momentos.

"Reconhecemos aqui toda a capacidade de João M. F. Jorge de criar personagens, de se declinar noutras vozes, de transformar o fragmento em alegoria de uma totalidade e suspendê-lo num momento fulgurante."
António Guerreiro, Expresso, Actual

"Mas há ainda uma outra dimensão importante nesta colectânea: os evidentes paralelos entre o desenho e a poesia. Não se trata somente da conhecida afinidade entre artes plásticas e arte poética, mas também o modo como estes esboços e desenhos se deixam fascinar pela realidade física mas tendem sempre para a transfiguração. Primeiro, são registados: "Poderoso torso tomado na sua face lateral / nenhuma coisa se compara / quando, por inteiro, nos pertence / e o repovoamos de desenhados seres / vindos de um tempo / território de invisíveis criaturas (...) (pág. 54). O desenho torna-se assim uma forma de aprendizagem técnica e moral. E do desenho solta-se uma pluralidade de sentidos da qual participa a própria poesia. E há ainda o modo como a realidade exterior pode entrar e sair da obra, segundo o biografismo ora intenso, ora ficcional, ora boicotado que JMFJ sempre praticou.
"Vivos em trânsito, mortos futuros, somos todos então personagens do grande teatro anatómico: "(...) pode a minha morte partilhar a / tua morte, descobrir recíproco sentido / pode o livro velho de desenho / abrir o teu braço e calar o adeus de um morto a outro morto" (pág. 32)."
Pedro Mexia, Diário de Notícias

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