Raul Brandão - Impressões e Paizagens

4,00€
Raul Brandão - Impressões e Paizagens

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“Espero pelo dia – mesmo na cova o espero – em que acabe a exploração do homem pelo homem”. Raul Brandão tinha apenas um grande “sonho” e descreveu-o assim nas suas Memórias, o terceiro volume onde faz o Balanço à vida. Pede também mais justiça, mais pão e mais reflexão. 150 anos após o seu nascimento, o seu sonho, o seu desejo, continua tão actual como nos séculos passados. O escritor “assombrado pela ideia da morte” tinha na justiça o seu sonho, fruto da observação da vida dos pobres, espelhando-o em toda a sua obra, tendo-se tornando num grande intérprete da vida íntima e da trágica condição portuguesa: “A vida antiga tinha raízes, talvez a vida futura as venha a ter. A nossa época é horrível porque já não cremos – e não cremos ainda. O passado desapareceu, de futuro nem alicerces existem. E aqui estamos nós sem tecto, entre ruínas à espera”. Uma escrita permanentemente angustiada que pôs em causa as concepções literárias vigentes na altura. Foi influenciado pelas correntes do Realismo, do Naturalismo, do Simbolismo e o pelo Decadentismo, e por isso mesmo sua obra é considerada excêntrica, onírica, idealista, lírica e influenciou autores tão diversos como Vergílio Ferreira, José Saramago, Maria Gabriela Lllansol, José Luís Peixoto ou Rui Nunes. 150 anos depois do seu nascimento, foi lançada a colecção Raul Brandão 150 Anos. Ao todo são oito títulos essenciais para compreender o trabalho do autor que são recuperados nas suas edições originais fac-similadas. Impressões e Paisagens, de 1890, foi a estreia do autor na escrita literária. Os críticos denegriam esta colectânea de contos como naturalistas. Sendo uma obra seminal, está ainda longe de espelhar todo o talento do autor mas deixa antever alguns dos temas que viria a abordar e, sobretudo, a forma como conjugou elementos naturalistas, simbolistas e impressionistas. Raul Brandão dedicou toda a sua vida à escrita e deixou uma obra única no contexto da literatura nacional. É considerado um dos maiores escritores portugueses, embora pouco lido, tendo ficado ensombrado pela presença de Fernando Pessoa no panorama literário da época. Uma obra de singular liberdade criativa, para ler e descobrir.

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